quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Quem gosta de ser controlado?

Controle.  Palavra que corresponde bem ao que é "ser" humano. Ter domínio sobre tudo (visível ou invisível), ter compreensão sobre o que o cerca.

Tal necessidade advém da tendência ao movimento (se o homem fosse inerte, não haveria importância em querer controlar, pois tudo já estaria sob controle).

Porém, este ato é mais natural em pessoas inseguras; pessoas ditas otimistas permitem que o acaso lhes traga os frutos.

Usar deste atributo sobre a própria existência é justificável. Ter a razão como governante da emoção e dos desejos é próprio da "Prudência", ou seja, tomar as decisões analisando as consequências, ser ponderado, é o caminho para se chegar ao controle.

Os problemas, no entanto, começam a surgir quando seu uso se intensifica também na influência da vida alheia, no querer controlar o outro. Esta atitude tolhe a espontaneidade e a confiança do controlado, que se sente prendido a um mundo idealizado por quem o comanda. A sensação final é de ser nada mais que uma marionete... Perde-se, com o tempo, a individualidade, a essência, e se entram as máscaras da personalidade.

As crianças são genuinamente autênticas, mas são tão condicionadas nos "nãos", durante o crescimento, que chegam à fase adulta sem saber quem sao verdadeiramente!

Ninguém quer ser controlado, mas quer controlar os outros. Por isso, no final das contas, ninguém é livre!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Grata por trocar idéias comigo!

Leia também: