sexta-feira, 15 de junho de 2012

ah, o amor...

O amor, para mim, é a maior incógnita que esta existência pôde me trazer.

Porque, se é para ser o sentimento mais nobre, então ele deveria ser perene em nosso espírito, mas como ainda somos humanos distraídos e desordenados, ainda não vivemos plenamente nele. Ou seja, quando dizemos que amamos alguém, não é do amor absoluto que falamos, mas talvez de um amor relativo, aquele que um dia acaba...

A função do amor é unir. Eternamente.

Mas o nosso amor, tal como o conhecemos, favorece a uns (aos mais próximos, aos que são bons conosco e convenientes a nós) e justifica a compaixão (que muitas vezes é exercida por conta da proposta de, ao final, entrarmos no "reino dos céus").

E nos dizemos seres humanos...

Eu sou da escola antiga que inclui os homens e mulheres no reino animal. Temos alma animal, vivemos sob as emoções. Desejos e medos. 

Ansiamos o amor e o tememos, pois nós, seres humanos de carne e osso, ao invés de usarmos sabedoria e promover união, temos a tendência de separar tudo, com a proposta de adquirir conhecimento (para, quem sabe, conquistar o mundo).

E tudo isso para que? para viver em contradições, já dizia Camões...

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;


É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;


É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.


Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

E isso é só um exemplo!




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